“Imaginem uma Universidade NOVA onde todas e todos, sem exceção, se sentem parte de uma comunidade inspiradora e segura, que promove o seu talento e valoriza a riqueza que advém das suas diferenças. Uma universidade que reflete a diversidade do mundo e onde a intersecção de ideias, culturas e perspetivas é celebrada e incentivada, mostrando que a diversidade, em toda a sua pluralidade, é uma das grandes forças das universidades do futuro. Uma universidade onde os conhecimentos se criam em toda a sua genialidade e se transmitem em toda a sua fecundidade; onde as pessoas se desafiam com toda a lealdade, se estimam em todo o seu mérito e se prezam em toda a sua virtude; onde os fatores negativos se reduzem e dissipam, fazendo nascer a compreensão, a colaboração e a amizade. Uma NOVA sem silos nem barreiras, e onde ninguém com talento e vontade fica de fora”, destacou o Reitor da NOVA, João Sàágua, no início da cerimónia que ocupou o grande auditório da Reitoria esta quarta-feira, 29 de novembro, num exercício sobre o futuro que imagina para “a nossa universidade”.
Isto logo depois de ter expressado, em nome da NOVA, “uma profunda gratidão a todas e todos que, ao longo de cinco décadas, aqui estudaram ou estudam, aqui trabalharam ou trabalham, aqui ensinaram ou ensinam e aqui investigaram ou investigam. Em suma, aqui viveram ou vivem uma parte muito importante da sua vida e aqui deram, ou dão, o melhor de si pela NOVA”.
O programa deste Dia da NOVA muito especial começou com a inauguração da obra comemorativa dos 50 anos da universidade: concebida por Maria Ana Vasco Costa, ceramista conhecida pelos seus azulejos tridimensionais, a peça Sem Título (Bodies of Water) está instalada no jardim do Campus de Campolide.
Logo depois a entrega dos Prémios de Inovação Pedagógica 2022 e 2023 veio reforçar a ideia de uma universidade empenhada em continuar a criar o futuro. Trata-se de uma distinção inspirada na missão da Universidade de promover um ensino de qualidade, em todos os ciclos de estudos, através de académicos de excelência capazes de proporcionar uma experiência de ensino transformacional e intelectualmente desafiadora aos seus estudantes.
Recorde-se que, em 2022, foi reconhecido o trabalho de Isabel Catarino, docente do Departamento de Física da NOVA FCT, com a implementação em aula do projeto “Active Vibrations and Waves”, com menções honrosas a Guilherme Victorino, da NOVA IMS. Fabrizio Macagno; Chrysi Rapanta; Inês Mateus de Almeida, da NOVA FCSH, Francisco Antunes da Cunha Martins, da Nova SBE, e ainda Marco António Roque de Freitas; João Filipe Soutelo Soeiro de Carvalho, da NOVA FCSH.
Este ano, o Prémio foi para o Professor Francisco Pereira Coutinho, da NOVA School of Law, cujo projeto se distinguiu pela introdução de um tribunal simulado, enquanto método de ensino e de avaliação, em disciplinas de licenciatura com um elevado número de estudantes. Além disso, foram ainda atribuídas três menções honrosas aos Professores Leid Zejnilovic, da Nova SBE, e Ricardo Parreira e João Brás da Piedade, ambos do IHMT.
Foi igualmente dia de dar voz aos estudantes – e de fazer subir ao palco a equipa que venceu o Alexa Prize TaskBot Challenge atribuído pela Amazon. Atribuindo um valor monetário de 500 mil dólares (perto de 455 mil euros), a competição lançada pelo gigante das vendas online desafiou equipas universitárias de todo o mundo a desenvolver soluções para um dos problemas mais difíceis da Inteligência Artificial conversacional; criar experiências que respondam às necessidades dos utilizadores, em constante mudança, enquanto concluem tarefas complexas.
Há cerca de mês e meio soube-se que o resultado do concurso não podia ser mais animador, dado que o 1º lugar foi alcançado pela equipa do Departamento de Informática/NOVA LINCS da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. Salientando que o seu projeto era da única universidade concorrente cuja língua materna não é o inglês, Diogo Silva e Diogo Tavares, os estudantes que representaram aquela equipa neste Dia da NOVA, revelaram que a sua grande ambição e´ “fazer com que os utilizadores sintam que estão a interagir com um humano”.
Ao longo da tarde, e enquanto foram entregues as medalhas aos novos doutores das várias escolas e institutos da Universidade, houve ainda tempo para as performances do Coro da NOVA e do Coro da FCSH – e ainda de ouvir os testemunhos inspiradores de alguns investigadores da universidade.
Pedro Matos Pereira, investigador associado do ITQB NOVA Pedro Matos Pereira, apontou vários dos “Desafios do futuro para as ciências da vida” e como “educar, formar pessoas nos vai levar a um futuro melhor”, assinalando ainda a importância da interdisciplinaridade – mais ainda numa universidade que “tem um bocadinho de tudo e de excelente qualidade”.
Já Alex Armand, que conquistou a 1ª bolsa do European Research Council (ERC) para a área da Economia em Portugal, fez questão de começar por dizer que “o sucesso é feito de uma grande quantidade de falhanços” – e que no fim o que conta é a perseverança: “o segredo é ser curioso, humilde e, claro, ambicioso”.
Cristina Brito, por seu lado, apresentou-nos a investigação do projeto 4-Oceans, também brindada com uma bolsa ERC, ressalvando a importância das Humanidades para os oceanos – mais ainda quando cumprimos já meia Década para a Ciência e os Oceanos.
O habitual cortejo académico finalizou a cerimónia, seguido ainda depois de um aplauso imenso à NOVA pelos seus 50 anos e, claro, de se terem cantado os parabéns.
Veja ou reveja a cerimónia toda no canal Youtube da NOVA.